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Câncer - Prevenção e Diagnóstico

Postado em 10/06/2010


CÂNCER - PREVENÇÃO E DIAGNÓSTICO

O câncer pode aparecer em praticamente qualquer parte do corpo e ocorre quando uma célula sofre mutações (transfor-mações) e passa a se dividir descontroladamente. Essas células doentes são capazes de induzir à formação de vasos sanguíneos para se alimentar e, quando atingem a fase chamada metástase, usam esses vasos como caminhos para se espalhar pelo corpo.

Segundo dados da Organização Mundial de Saúde, os tipos de câncer mais comuns são os de pulmão, mama, colo-retal, estômago e fígado, que juntos respondem por quase metade dos novos casos que surgem no mundo a cada ano. No Brasil, o principal câncer a acometer a população brasileira continua a ser o câncer de pele, seguido pelo da mama feminina, pulmão, estômago e colo do útero.

A letalidade do câncer, ou seja, sua capacidade de matar, depende de vários fatores:
• Características do próprio câncer, entre elas a rapidez com que ele cresce e invade tecidos e órgãos;
• Capacidade do organismo em reagir e combater a doença;
• Tipo de tratamento para combatê-lo.

Os especialistas têm investido em duas grandes áreas em busca de uma cura definitiva para a doença. Uma linha de pesquisa aposta na tentativa de cortar o suprimento de sangue do câncer, matando as células doente por falta de alimentos. A outra trabalha com a ideia de estimular o sistema imunológico do paciente, ajudando o organismo a reconhecer as células cancerosas para eliminá-las.

O diagnóstico precoce, aliado aos atuais métodos terapêuticos (radioterapia, quimioterapia, cirurgia e transplante de medula óssea), têm permitido índices de sobrevida progressivamente maiores em casos considerados incuráveis até pouco tempo.

Os hábitos nocivos do estilo de vida estão diretamente associados a 50% dos casos de câncer. Estima-se que, se o número de fumantes no mundo fosse reduzido em 30%, mais vidas seriam salvas do que se conseguiu com a somatória de todos os avanços da oncologia dos últimos 10 anos.

Conheça a seguir os tipos de câncer mais comuns em nosso país. A informação é fundamental para o diagnóstico precoce, o correto tratamento e a cura da doença.

Pulmão - O mais perigoso

Com 1,2 milhão de novos casos a cada ano, esse é o tipo de câncer mais comum e também o que mais mata no mundo. Ele é perigoso porque geralmente surge acompanhado de outras doenças associadas ao cigarro, como o enfisema, que diminui a capacidade pulmonar e pode tornar inviável uma cirurgia, tratamento recomendado em casos de câncer de pulmão não avançado.

Os principais sintomas são tosse, escarro com sangue, dor no tórax, falta de ar e inflamação nos brônquios. Estima-se que 90% dos casos são causados pelo fumo, vício que atinge 1/3 da população mundial adulta.

Mama - Problema nacional

É o câncer que mais mata mulheres no Brasil. No mundo, surgem cerca de 1 milhão de casos anualmente. A incidência aumentou dez vezes nas décadas de 60 e 70, mas a letalidade foi reduzida graças às campanhas de prevenção, que permitiram diagnósticos mais precoces da doença.

O autoexame, os exames clínicos anuais e as mamografias frequentes podem reduzir a mortalidade das mulheres , principalmente após os 50 anos. É muito raro em homens, pois acredita-se que isso ocorra pelo fato de o estrógeno, um hormônio feminino, ser um estimulante do desenvolvimento da doença. Com exceção do aspecto hereditário, não se conhece bem os fatores de risco para o câncer de mama.

Colo-retal - Sintomas tardios

Esse câncer, que atinge a região do intestino grosso e do reto, é o terceiro tipo mais comum no mundo. Os sintomas geralmente só aparecem em estágios mais avançados, o que torna esse tipo de câncer bastante letal.

Os principais sintomas são diarreia, prisão de ventre, flatulência (gases), dor na região do abdômen, náuseas, vômitos e emagrecimento. É causado principalmente por dietas com alto teor de gordura, consumo de carne, obesidade e sedentarismo.

Estômago - Dieta de risco

Em termos de incidência, é o quarto mais comum no mundo, e o segundo que mais mata. Esse ranking está relacionado aos seus sintomas, que não são específicos: perda de peso, fadiga, falta de apetite, vômitos, náuseas e desconforto abdominal. Muitas vezes a doença passa despercebida, até entrar em estágio avançado, quando a cura é bem mais difícil.

A dieta é o maior fator de risco, principalmente a ingestão de alimentos conservados no sal ou defumados, o que torna o câncer de estômago mais frequente em países pobres, onde o uso desse método de conservação muitas vezes substitui a geladeira.

Fígado - Evolução assustadora

Quinto colocado em incidência, é o terceiro tipo de câncer que mais mata. Geralmente está associado ao alcoolismo e às hepatites B e C, mas a doença também pode ser provocada pelo consumo de grãos mal armazenados, nos quais cresce um fungo que produz toxinas cancerígenas.

Os principais sintomas são dores e inchaço no abdômen, náusea, falta de apetite e pele amarelada. Esse tipo de câncer se desenvolve muito rápido, podendo duplicar de tamanho em apenas quatro meses.

Pele (Melanoma) - O mais temido

O melanoma é um tipo de câncer que tem origem nos melanócitos (células produtoras de melanina, substância que determina a cor da pele). É pouco incidente, porém sua letalidade é alta. Como a doença surge como uma pinta na pele, ela é muitas vezes ignorada, sendo diagnosticada tarde demais, quando já aconteceu a metástase.

É mais frequente em pessoas de pele branca. A manifestação da doença na pele normal se dá a partir do aparecimento de uma pinta escura de bordas irregulares acompanhada de coceira e descamação. Evitar a exposição solar das 10h às 16h e usar protetor solar são fundamentais para prevenir a doença.

Colo do Útero - Exame é fundamental

É um tumor maligno de progressão relativamente lenta e que não manifesta sintomas na sua fase inicial. O principal sintoma do câncer já em processo invasivo é o sangramento. O diagnóstico precoce  permite reduzir a mortalidade em até 70%. O exame preventivo (Papanicolau) consiste na coleta de material do colo uterino e deve ser realizado periodicamente em todas as mulheres com vida sexual ativa e naquelas que apresentam alterações no ciclo menstrual.

Há alguns fatores de risco identificados com o câncer de colo de útero: início precoce da atividade sexual, pluralidade de parceiros, falta de hábitos de higiene, fumo, uso prolongado de contraceptivos orais. Estudos mostram ainda a associação deste câncer com o papilomavírus humano (HPV).

Está comprovado que 50% dos casos de câncer ocorrem devido a hábitos nocivos:  sedentarismo, fumo, má alimentação, excesso de gordura animal, corantes e conservantes. Por isso, é imprescindível levar uma vida saudável, prevenir-se contra a doença e ir regularmente ao médico. O diagnóstico precoce do câncer permite um tratamento mais eficaz, aumentando a possibilidade de cura.